segunda-feira, abril 11, 2016

Tempo rega, vontade floreia.



















É que por aqui a terra anda sem fruto,
Semente latente de luz,
Egoísta em guardar para si a vaidade de florear.

É que as aves cantam o silêncio,
Silêncio que me permite tracejar as linhas de pensamentos
Distantes, avulsos, tortos.

É que anda faltando o racional,
O bicho comprou passagem de ida, mas a volta parece nem estar no roteiro.
Andarilho da coesão.

Se mexe e impulsiona esse saber que é a fala
A fala de falar com o papel
E escrever para o mundo.

A vontade de alcançar o que não se vê faz ouvir os primeiros cantos não silenciados.
Eles vêm com os ares que levam para longe os medos sem gestão,
E deixam cá perto as tais sementes, agora aguçadas a florear o tal fruto,
Fruto da coragem.

Se mexe e impulsiona esse saber que é a fala
A fala de falar com o papel
E esquecer do mundo.